Nathalia Morgana
31 de mar de 20203 min
Atualizado: 16 de fev de 2021
Vou contar uma historinha para vocês.
Recentemente, em 03 de março de 2020, lancei um post no blog sobre um projeto criado pela minha amiga e parceira Cler dos Florais da Deusa com o título "Jornada de autocura". Projeto que, com a parceria dos Florais, estamos desenvolvendo em conjunto sincronizando as gotinhas de amor com os Chakras através do Yoga. Alguns dias se passaram e vieram me dizer que Marya* (personagem fictícia), uma moça bonita, que fala bem e tem uma profissão superinteressante, havia “roubado” essa ideia. Na verdade o que ela roubou foi o título, não a ideia. A ideia pode ser valiosa, sim, mas quem cria tem a vantagem de ter passado por todo o processo de levá-la da ideia ao produto final. E o conteúdo, conhecimento adquirido em horas de estudo, isso Marya não pode roubar.
O plágio do título poderia passar batido se essa fosse a primeira vez. Acontece que Marya está sempre por perto espiando e copiando.
Essa historinha poderia ser ficção, mas eu e muitas pessoas passamos por isso diariamente. E hoje eu vim conversar com você que é vítima de pessoas como a Marya.
Marya é o tipo de pessoa que sofre de escassez de valor próprio. O que pode ter começado com um sentimento de admiração, virou inveja.
Quando você é vitima da inveja de alguém, você precisa escolher entre dois caminhos: ficar triste e desanimado por ver alguém roubando as ideias que você estudou e trabalhou tanto para construir ou se sentir elogiado e fortalecido para ser e criar mais e melhor.
A inveja também vai contra os princípios éticos do Yoga. Nos Yamas temos o Aparigraha que ensina que não devemos nutrir a cobiça e possessividade e o Asteya que incentiva a não roubar objetos, ideias e não invejar conquistas alheias.
Quando encontramos pessoas que são mais bem-sucedidas e poderosas do que nós, caímos em admiração e/ou inveja. A admiração é vista como um sentimento positivo e nobre. A inveja, por outro lado, é um sentimento negativo e visto como ruim. Toda inveja começa como admiração.
O ponto em que começamos a pensar que as pessoas ao nosso redor estão se tornando bem-sucedidas ou inteligentes demais e, em vez de admirá-las, aprender com elas e trabalhar com elas, ficamos com inveja. A inveja prejudica nossos negócios e a nós mesmos.
A admiração é uma emoção social ou sentimento evocado por pessoas com competência, talento ou habilidade que excedem os padrões. A admiração permite o aprendizado crítico e motiva o autodesenvolvimento através do aprendizado de modelos. Quando você admira, poderá se sentir inspirado.
Já a inveja é um sentimento que "ocorre quando uma pessoa carece da qualidade, conquista ou possessão superior de outra pessoa e a deseja ou deseja que a outra não a tenha". Bertrand Russell, filósofo britânico, disse uma vez que a inveja era uma das causas mais influentes da infelicidade. As pessoas que invejam frequentemente se culpam porque outras são um reflexo do que desejam ser.
As pessoas que secretamente se sentem medíocres, mas que desejam desesperadamente ser extraordinárias, são as que têm maior probabilidade de socialmente excluir as que realmente são extraordinárias. É muito mais fácil na psique rotular alguém de esquisito ou esquisita e depois excluí-los por serem diferentes do que aceitar que não há nada de especial em você, nada que te separa do rebanho.
Do ponto de vista existencial, a maneira de interromper o ciclo interminável de inveja é incentivar as pessoas a desenvolverem seus próprios poderes humanos únicos, para que possam se tornar extraordinários à sua maneira. Todos nós temos esse potencial dentro de nós, mas limitamos nossa visão do que é extraordinário e perseguimos definições sociais estreitas em vez de explorar onde estão nossos próprios talentos.
Lembre-se de que a suposta copiadora deve sentir-se bastante desprovida de criatividade para ter que pegar as ideias de outra pessoa e distribuí-la como sendo sua...
então se vingue fazendo melhor do que jamais poderia imaginar.
Foi esse o caminho que escolhi.