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Foto do escritorNathalia Morgana

Diário de bordo: ÍNDIA - Mumbai

Atualizado: 16 de fev. de 2021

Estado: MAHARASTRA - Cidade: Mumbai


Índia, um país de complexidade infinita, população enorme, diversidade religiosa, cultural e física, contrastes impressionantes e belezas deslumbrantes. Nunca foi meu sonho conhecer a Índia, esse era o sonho da minha mãe que sempre comprou e leu todos os livros dessa cultura. Mas, depois que me aprofundei no Yoga e me tornei professora, eu sabia que seria questão de tempo e dinheiro até eu pisar no país que é berço dessa filosofia.


A viagem começou antes mesmo do embarque. Com todos os preparativos para passar 20 dias do outro lado do mundo. Veja aqui 8 dicas inteligentes que você deve saber antes de ir para a índia.


Voamos pela Ethiopian Airlines, e fizemos uma conexão em Adis Abeba, capital da Etiópia . Não tivemos tempo e nem dinheiro para ficar e conhecer esse país, a parada foi apenas a conexão de 4 horas. Nesse período de espera, para relaxar e esticar um pouco os cambitos e começarmos a entrar no clima da viagem, fizemos uma prática de Yoga no Aeroporto conduzida pelo professor Gerson.


Enfrentamos mais 5 horas de voo de Adis Abeba até Mumbai.


MUMBAI


Bombaim ou, oficialmente, Mumbai é a maior e mais importante cidade da Índia, é a capital do estado de Maharashtra e situa-se nas margens do oceano Índico. José Pedro Machado, um filósofo e linguista refuta uma explicação alternativa para o nome, sem bases científicas, segundo a qual Bombaim seria uma corruptela do português "Bom Bahia" ou "Boa Bahia". Mumbai tem o mais importante porto da Índia.

É também em Bombaim que se situa Bollywood, o principal centro da indústria indiana de cinema e televisão. Bombaim sofre com os mesmos problemas de urbanização que afligem outras cidades de crescimento rápido em países em desenvolvimento: pobreza generalizada e padrões precários de saúde, emprego e educação.


27/12

Assim que chegamos, fomos muito bem recepcionados pelo pessoal da nossa agência de viagem com um “kit de primeiros socorros” (álcool em gel, lenços umedecidos, sabonete líquido e lenços de papel). Recebemos também o tradicional colar de flores indiano como símbolo de que somos bem-vindos.



Já no primeiro dia, saímos para um city tour em Mumbai. A primeira parada foi no Taj Mahal Palace, o famoso hotel que foi vítima do ataque terrorista na índia em 2008.


Passamos em frente o Portal da Índia, construído durante o período colonial britânico. O portal é um arco do triunfo de basalto, com 26 metros de altura, situado à beira do mar Arábico no noroeste do oceano índico. No passado era a primeira estrutura avistada por quem chegasse de barco a Bombaim, que era o porto de entrada da maior parte dos europeus que iam à Índia.


De lá fomos conhecer a Mahalaximi Dhobi Ghat, a maior lavanderia a céu aberto do mundo. À primeira vista o que se vê parece ser uma favela mas, olhando atentamente, vemos os tanques e as roupas penduradas. Estima-se que pelo menos 500 mil roupas são lavadas todos os dias, em 826 pequenos tanques.



Fomos ainda a Mani Bhavan, a casa de Gandhi em Mumbai. Hoje é um museu. Lá foi o ponto focal das atividades políticas de Ghandi entre 1917 e 1934. Foi lá também que Ghandi parou de beber leite de vaca como forma de protestar contra a prática cruel e desumana para aumentar a produção de leite como phookan (enfiar um pedaço de pau no útero do animal e torcê-lo) e doom dev (soprar ar nas partes íntimas do animal).



Visitamos por último a estação de trem Chhatrapati Shivaji. Ela é utilizada por cerca de três milhões de pessoas diariamente. Foi também um dos lugares que sofreu ataque terrorista em 2008. Essa estação serviu como cenário para várias cenas do filme Quem quer ser um milionário.



28/12

A proposta da viagem é a imersão no universo do Yoga, por isso todos os dias de manhã tínhamos prática de Yoga. Neste dia, a prática foi na laje do hotel num estilo bem indiano (improvisado). Chegamos antes do nascer do sol e a cidade ainda dormia (sem buzinas nessa hora). A laje estava imunda, cheia de cocô de pombo e corvos (sim, há muitooooos corvos na Índia) mas apesar da falta de uma sala apropriada para praticar Yoga no hotel, foi uma experiência simplesmente sensacional ver a mudança de nuances no céu durante a prática na laje.


Repare à direita um corvo assistindo nossa prática!

Após uma deliciosa prática de Yoga e um e merecido café da manhã, saímos a pé até o porto para embarque em ferry com destino a pequena Elephanta Island. Na foto abaixo você vê o Portal da Índia e o hotel Taj Mahal Palace.



A ilha de Elephanta abriga o complexo religioso hindu com templos escavados em cavernas datados dos século V a VIII. Eu adorei conhecer esse lugar e ouvir as histórias de todos os deuses esculpidos nas rochas. A importância de ter um guia é porque ganhamos também uma incrível aula de história. Aqui tivemos uma explicação engraçada sobre os Devas (anjos hindus). Diferentemente dos nossos anjos, que possuem asas, os devas não possuem e não precisam de asas porque levitam através da meditação.



De lá fomos para a cidade de Lonavla, para visitar e conhecer o instituto Kaivalyadhama o qual sigo a tradição.


Acompanhe os próximos posts da série Diário de bordo - Índia:


389 visualizações1 comentário

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1 commento


roberto.borja55
25 feb 2020

A Índia é de uma complexidade infinita e apresenta uma cultura milenar riquíssima.

Acredito também que além dos monumentos lindíssimos, como o Taj Mahal, apresenta uma natureza belíssima.

Conhecer tudo isso de perto deve ser uma experiência incrível.

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